Diabetes: fator de risco para o desenvolvimento da doença renal

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A incidência do Diabetes no Brasil é alarmante, colocando o país na posição quinta no mundo de maior número de pessoas com diabetes.

O diabetes trata-se de uma doença crônica de etiologia múltipla que causa um desarranjo no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios. É causada pela falta ou insuficiência na produção de insulina pelo pâncreas. O alto índice de glicose no sangue causa complicações em outros órgãos como os rins, por exemplo. A doença renal é 10 vezes mais frequente em pessoas com diabetes. Segundo o Atlas de Diabetes, no mundo 44% dos portadores da doença desenvolvem a doença renal crônica.

A capacidade de filtragem dos rins fica prejudicada devido aos altos níveis de açúcar no sangue, que provocam uma sobrecarga renal, levando a perda de proteínas na urina. Esse processo, ao longo do tempo, leva a perda de capacidade de filtração renal. A perda de função dos rins é progressiva e irreversível, sendo assim o paciente diabético irá necessitar de sessões de hemodiálise ou transplante renal.


 
Os sinais relacionados à doença renal não são específicos, podendo ser confundidos com outras doenças. Os sintomas mais frequentes são: falta de apetite, enjoos, fraqueza, dores no estômago, insônia e inchaço. Muitas vezes o diagnóstico ocorre na fase tardia da doença.

Recomenda-se que os pacientes diabéticos realizem exames periódicos de microalbuminemia, para verificar a quantidade de albumina produzida e a eliminada na urina e o clearance de creatinina. Outro fator primordial para evitar o desenvolvimento da doença renal é o bom controle glicêmico, bons hábitos de vida e alimentação equilibrada.

A seguir algumas orientações para ter um bom controle glicêmico:

– O fracionamento da alimentação é fundamental. Procure realizar 5 a 6 refeições/dia, com menor volume: café da manhã, almoço e jantar com pequenos lanches nos intervalos;

– Modere o consumo de alimentos fontes de carboidratos: batata, mandioca, pães, biscoitos, massas, tortas e evite os produtos fabricados com “farinha branca”;

– Evite o consumo de açúcar, mel, doces de modo geral, refrigerantes e produtos industrializados adoçados, como por exemplo: sucos e iogurtes. O açúcar de mesa (sacarose) pode ser facilmente substituído por adoçantes, por exemplo, a base de sucralose e stevia. Existem, também, no mercado substitutos do açúcar, próprios para uso culinário;

– Aumente o consumo de fibras, que diminuem a velocidade de absorção dos carboidratos, ajudando a controlar a glicemia.

– Consuma diariamente legumes e verduras (3 a 5 porções) no almoço e jantar. Prefira as versões integrais dos pães, torradas, biscoitos, arroz e massas e consuma com moderação;

– Prefira os alimentos fonte de boas gorduras: azeite de oliva, abacate, castanhas, salmão.

– O consumo diário de frutas é muito importante, mas não exagere nas quantidades, pois elas possuem “frutose”, uma forma de carboidrato que também eleva a glicemia. Consuma 3 porções de frutas por dia e em horários diferentes (fracionadamente). Atenção ao consumo de sucos que podem conter várias porções de frutas, exemplo: 1 copo de suco de laranja contém aproximadamente 3 laranjas.

– Mantenha um peso saudável: se o seu peso está acima do recomendado procure manter um plano alimentar para redução do peso. Inclua na sua dieta carnes magras, grãos integrais, produtos lácteos e hortaliças, com regularidade. Evite o excesso de gorduras e de bebidas alcoólicas;

– Mastigue bem os alimentos e aprenda a saboreá-los: a mastigação estimula o centro da saciedade (localizado no cérebro) e este processo demora cerca de 20 minutos para ocorrer, tempo mínimo que você deve dedicar à sua refeição.

Fonte: ?https://intertvweb.com.br/

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