A Insuficiência Renal (Doença Renal ou IRC, como também pode ser chamada) trata-se de uma lesão renal que leva os rins a funcionarem de forma inadequada.

Como sabemos, os rins são órgãos de nosso corpo muito importantes e o seu mau funcionamento indica um sério problema.

Entre as doenças mais comuns que lesam as diferentes estruturas dos rins está o diabetes, a hipertensão arterial (pressão alta), pedra nos rins e as infecções urinárias.

A insuficiência renal crônica leva à degradação das atividades renais de forma quase imperceptível e, quando o corpo dá sinais de que algo está errado, na maioria dos casos, já perdeu 50% de sua capacidade e o paciente é encaminhado diretamente para a diálise ou transplante.

Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) revelam que cerca de 13 milhões de pessoas sofrem com algum problema nos rins em todo Brasil. No ano de 2010, o Ministério da Saúde registrou 34.640 brasileiros na fila do transplante de rim.

Essas são informações que enfatizam, ainda mais, a necessidade da prevenção, principalmente para àqueles que fazem parte do chamado grupo de risco, ou seja, que possuem características favoráveis ao desenvolvimento da doença renal, são eles: idosos, obesos, hipertensos e os que possuem histórico familiar.

Os nossos rins são responsáveis por filtrar o sangue, removendo dele os resíduos tóxicos produzidos nos tecidos do corpo, além dos sais minerais e outras substâncias que estejam presentes em quantidades excessivas.

São deles, também, a função de produzirem hormônios que controlam a pressão arterial e a produção e liberação de glóbulos vermelhos, o que evita à anemia.

Diariamente, passam pelos rins aproximadamente dois mil litros de sangue, o que produz, ao final, 1,2 litros de urina.
 

A atenção com o seu corpo é a melhor forma de prevenir a evolução de doenças, entre elas a DRC. Fique atento as dicas abaixo e previna-se!

•    Periodicamente faça uma aferição da sua pressão sanguínea;
•    Faça um exame regular para constatar o nível de glicose no sangue, afim de diagnosticar o diabetes;
•    Se já for hipertenso ou diabético, procure controlar a doença por meio de remédios, dieta alimentar adequada e prática de exercícios físicos;
•    Tratar adequadamente qualquer infecção urinária logo que os primeiros sintomas apareçam;
•    Praticar exercícios físicos regulares;
•    Evitar fumar;
•    Combater à anemia e a obesidade;
•    Manter uma dieta alimentar saudável, com pouca ingestão de sal, potássio e proteínas de origem animal (carne, ovos, leite e derivados).

 

No estágio inicial da doença, o indivíduo não demonstra nenhum sintoma que leve à hipótese de apresentar a DRC, o que acaba agravando o problema.
Se a pessoa não tomar conhecimento dos riscos a que está exposto e começar a se cuidar, a fim de prevenir o desenvolvimento da doença, alguns sintomas (problemas causados pela alteração das funções renais) aparecerão posteriormente, como:

•    Noctúria (necessidade de urinar várias vezes durante à noite);
•    Fraqueza;
•    Cansaço;
•    Inchaço em rosto, pés ou pernas;
•    Alterações na urina, como a presença de espuma, mudança em sua cor (passa a ser mais escura ou avermelhada) ou no volume (passa a ser maior ou menor);
•    Dores na região lombar;
•    Dores quando urina.

Caso esse indivíduo não busque tratamento logo que comece a perceber tais sintomas, outros mais graves começam a aparecer, apontando que a doença está evoluindo:

•    Pressão alta;
•    Desenvolvimento de problemas cardiovasculares;
•    Anemia;
•    Alteração nos ossos e nervos;
•    Comprometimento do estado mental;

Devido ao acúmulo de substâncias tóxicas, o indivíduo pode apresentar:

•    Perda de apetite;
•    Náusea;
•    Vômito;
•    Inflamação do revestimento da boca, podendo levar à desnutrição e perda de peso;
•    Alterações na pele, como palidez ou “cor de palha” (devido à anemia), coceira e manchas roxas;
•    Diabetes.

Em casos mais avançados (principalmente quando o problema é ignorado e não há acompanhamento médico), podem ocorrer:

•    Falência renal;
•    Acidente vascular cerebral (derrame cerebral ou AVC) ou insuficiência cardíaca devido à hipertensão arterial.

É importante ficar atento aos sintomas da Doença Renal e procurar imediatamente um médico para iniciar o tratamento.

 

Nos casos mais graves da DRC, o paciente é encaminhado para alguma das seguintes formas de tratamento:

•    Conservador - A insuficiência renal crônica quase sempre  está associada à diálise e ao transplante renal, porém, um grande número de pacientes, principalmente idosos, apresentam disfunção renal sem, entretanto, necessitar tratamento dialítico, isto é, pode e deve ser tratado com dietas, medicamentos e condutas especiais, para que a progressão de sua doença seja evitada. 
 
•    Hemodiálise -
Esta opção de tratamento ocorre por meio de uma artéria e uma veia do braço do paciente, onde seu sangue é desviado para um aparelho que, após fazer a filtragem, devolve-o à circulação. São necessárias três sessões semanais, com duração de três a cinco horas cada. Pode existir variações neste tempo de acordo com o tamanho e a idade do paciente.

Durante a sessão de hemodiálise é comum sentir cãibras musculares e queda rápida de pressão arterial. Muitas complicações podem ser evitadas se for seguida uma dieta recomendada, ingerir pouco líquido e tomar os remédios indicados pelo médico nos horários corretos.
 
•    Diálise peritoneal - Este tipo de diálise aproveita o revestimento interior do abdômen, chamado membrana peritoneal, para filtrar o sangue.
O tratamento é realizado através de um cateter implantado permanentemente no interior do abdômen do paciente, por meio do qual será introduzido, periodicamente, um líquido especial (solução para diálise) que vai absorver às toxinas e depois será removido. Este processo pode ser feito em casa ou em um hospital em sessões semanais.
O benefício deste tratamento está na liberdade que o paciente tem para desenvolver suas atividades normalmente durante o dia e se tratar, em casa, durante à noite, enquanto dorme.
 
•    Transplante -
Neste caso, um rim em condições de efetuar suas atividades é transplantado para o órgão de um paciente. É muito importante que o sangue e tecidos do doador sejam compatíveis com o do paciente. Esta compatibilidade ajudará a impedir que o sistema imunológico de seu organismo passe a agredir, ou rejeitar, o novo rim. O novo órgão transplantado pode começar a trabalhar imediatamente ou pode levar algumas semanas para funcionar.