Tratamento de cálculo renal tem avanços nos últimos 20 anos

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O excesso de sal e pouco consumo de líquidos são os principais hábitos que podem levar ao desenvolvimento de cálculo renal. Nas últimas décadas, por conta do consumo de produtos industrializados e da falta de controle sobre o consumo de sódio, os casos de pedra nos rins têm aumentado. De outro lado, a tecnologia se aperfeiçoa, melhorando a forma como os casos são tratados.

As novidades no tratamento do cálculo são tema da entrevista com o professor do Departamento de Urologia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), Eduardo Mazuchi. Segundo ele, a alta ingestão de proteína animal, a obesidade, o sedentarismo e algumas doenças como diabete e gota também podem acarretar desenvolvimento de massas de cálcio nos rins, além do fator genético, que é o menos preponderante.
Para a identificação do cálculo, é necessária a realização de exames de imagem, contudo, a avaliação do quadro de todas as pessoas antes do surgimento dos sintomas é inviável. Portanto, na grande maioria dos casos, a situação só é descoberta a partir da presença das dores, quando o estágio se encontra mais avançado.

Para os cálculos pequenos – menores que 5 mm – a chance de eliminação espontânea é de aproximadamente 70%;  para os maiores, é necessária alguma forma de intervenção. Com o avanço do tratamento nos últimos 20 anos, a remoção das pedras pode ser feita através de formas menos invasivas, como a utilização de um endoscópio e fragmentação com laser, e retirada com pinças especiais.

A reincidência da doença é comum porque, em muitos casos, o paciente não muda seus hábitos. Para a prevenção do quadro, é recomendado o consumo de muita água, a redução do sal e carne vermelha na alimentação, prática de atividades físicas e a ingestão de suco de frutas cítricas, que servem de protetores contra a formação das pedras.

Fonte: Jornal da USP

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